Estamos há vários meses em isolamento social em casa devido à pandemia do novo corona vírus que propagou rapidamente da China pelo mundo inteiro. E como se isso não fosse o suficiente, para nos fragilizar em questões sociais e psicológicas, ainda enfrentamos situações de cunho político. Algumas vezes, em casa, conversamos a respeito de como o povo de Deus, o povo da bíblia, também viveu situações parecidas com essa que estamos vivendo. A experiência da saída do Egito, a Páscoa, é algo profundamente forte e marcante que não deveria ser esquecida, mas recontada de geração a geração. Deus se revelou ao seu povo que clamava por libertação, pois estava escravizado no Egito. Deus ouviu o seu clamor e os libertou das pragas e da morte.
Na libertação, Moisés é enviado a interceder junto ao Faraó para que deixe o povo adorar a Deus no deserto, aquele, porém endurece o coração e não permite a saída dos escravos. As tradições do êxodo narram que Deus enviou, então, pragas como sinal de sua intervenção libertadora e que somente a última praga conseguiu pôr fim à dureza do Faraó. A praga da morte dos primogênitos assolou o Egito e desestabilizou o Faraó. Mas, os hebreus haviam recebido a instrução para que marcassem a moldura de suas casas com sangue de animal e que “ninguém de vós saia de casa até o amanhecer” (Ex 12,22). Assim o povo foi preservado da praga e se salvou.
Os hebreus ficaram em casa! Hoje durante a pandemia, para a qual não existem remédio e vacina, devemos ter como exemplo o povo de Deus: ficar em casa isolados, para que o mal, a doença, a morte não nos atinjam.
Em situação semelhante à do povo de Deus, podemos analisar a figura do Faraó. Na atualidade, vivemos questões próprias da pós-modernidade como hedonismo, indiferentismo e o individualismo. O individualismo nos ajuda a fazer referência à figura do Faraó (o do Egito e o “nosso” de hoje). Por individualismo entendemos o que “é caracterizado pelo grande e absoluto valor que se atribui ao indivíduo ou sujeito colocado como centro da realidade na qual vive. O fim a ser atingido é o acúmulo de riquezas acima de todas as coisas e com a utilização de todos os meios possíveis" (Itinerário Catequético, CNBB, 2016)
Nesse aspecto analisamos o Faraó do Egito que não dá importância a Moisés e a Aarão, chama o povo de preguiçoso e cobra-lhe o trabalho sem a condição necessária para que seja realizado, aumentando a opressão. O “nosso” Faraó da atualidade diante da grave crise da pandemia no seu egocentrismo, autoritarismo e individualismo, não dá ouvidos aos milhares de Moisés que diariamente lutam para cuidar e interceder pela vida do povo que sofre, que é oprimido pela ausência do mínimo de condições de saúde, de sobrevivência em leitos de UTI os quais não são suficientes para tantas pessoas. O “nosso” Faraó nos diz que o povo não pode ficar em casa, tem que voltar a trabalhar, que o mais importante é a economia, o consumo. Diz que muitas pessoas morrerão, é o destino delas, mas que a pobreza, a miséria e o desemprego matarão muito mais. Enquanto a praga exterminadora do vírus assola a população, ele reabre comércio e serviços para tirar as pessoas de suas casas.
Devemos olhar para a história do povo de Deus e perceber a sua mensagem, atualiza-la, afinal passamos por situações semelhantes. O povo de Deus reconheceu a intervenção divina na sua libertação, Deus é que toma a iniciativa, que escuta, que desce para junto do povo e que o conhece. Não é diferente conosco. Precisamos reconhecer os sinais de Deus agindo hoje e o que ele nos pede para fazer. Hoje o que nos pede não é algo difícil de fazer, somente permanecer em casa, fazer o isolamento e o distanciamento necessários.
As tradições do êxodo narra que o final do Faraó do Egito foi desastroso. Para o “nosso” Faraó também aguardamos que o poder de Deus nos livre de suas mãos. Continuemos a clamar que Deus nos liberte dessa opressão.
Na libertação, Moisés é enviado a interceder junto ao Faraó para que deixe o povo adorar a Deus no deserto, aquele, porém endurece o coração e não permite a saída dos escravos. As tradições do êxodo narram que Deus enviou, então, pragas como sinal de sua intervenção libertadora e que somente a última praga conseguiu pôr fim à dureza do Faraó. A praga da morte dos primogênitos assolou o Egito e desestabilizou o Faraó. Mas, os hebreus haviam recebido a instrução para que marcassem a moldura de suas casas com sangue de animal e que “ninguém de vós saia de casa até o amanhecer” (Ex 12,22). Assim o povo foi preservado da praga e se salvou.
Os hebreus ficaram em casa! Hoje durante a pandemia, para a qual não existem remédio e vacina, devemos ter como exemplo o povo de Deus: ficar em casa isolados, para que o mal, a doença, a morte não nos atinjam.
Em situação semelhante à do povo de Deus, podemos analisar a figura do Faraó. Na atualidade, vivemos questões próprias da pós-modernidade como hedonismo, indiferentismo e o individualismo. O individualismo nos ajuda a fazer referência à figura do Faraó (o do Egito e o “nosso” de hoje). Por individualismo entendemos o que “é caracterizado pelo grande e absoluto valor que se atribui ao indivíduo ou sujeito colocado como centro da realidade na qual vive. O fim a ser atingido é o acúmulo de riquezas acima de todas as coisas e com a utilização de todos os meios possíveis" (Itinerário Catequético, CNBB, 2016)
Nesse aspecto analisamos o Faraó do Egito que não dá importância a Moisés e a Aarão, chama o povo de preguiçoso e cobra-lhe o trabalho sem a condição necessária para que seja realizado, aumentando a opressão. O “nosso” Faraó da atualidade diante da grave crise da pandemia no seu egocentrismo, autoritarismo e individualismo, não dá ouvidos aos milhares de Moisés que diariamente lutam para cuidar e interceder pela vida do povo que sofre, que é oprimido pela ausência do mínimo de condições de saúde, de sobrevivência em leitos de UTI os quais não são suficientes para tantas pessoas. O “nosso” Faraó nos diz que o povo não pode ficar em casa, tem que voltar a trabalhar, que o mais importante é a economia, o consumo. Diz que muitas pessoas morrerão, é o destino delas, mas que a pobreza, a miséria e o desemprego matarão muito mais. Enquanto a praga exterminadora do vírus assola a população, ele reabre comércio e serviços para tirar as pessoas de suas casas.
Devemos olhar para a história do povo de Deus e perceber a sua mensagem, atualiza-la, afinal passamos por situações semelhantes. O povo de Deus reconheceu a intervenção divina na sua libertação, Deus é que toma a iniciativa, que escuta, que desce para junto do povo e que o conhece. Não é diferente conosco. Precisamos reconhecer os sinais de Deus agindo hoje e o que ele nos pede para fazer. Hoje o que nos pede não é algo difícil de fazer, somente permanecer em casa, fazer o isolamento e o distanciamento necessários.
As tradições do êxodo narra que o final do Faraó do Egito foi desastroso. Para o “nosso” Faraó também aguardamos que o poder de Deus nos livre de suas mãos. Continuemos a clamar que Deus nos liberte dessa opressão.
A história do povo da bíblia nos anima a perseverar na nossa fé, a fazermos a experiência profunda com Deus, mesmo nos momentos de crises e sofrimentos. Deus caminha conosco e não nos abandona. Pedimos que nos ajude a sairmos desta pandemia melhores do que antes. Que sejamos pessoas que lutam pela vida, pelo bem comum e pela solidariedade. E enquanto não passa a praga exterminadora, Deus nos diz: “Ninguém de vós saia fora de sua casa.”
Ir Edmara Ferreira de Lima é membro do Instituto Religioso Nova Jerusalém. Possui graduação em biblioteconomia pela UFC, é aluna do 1o. ano no bacharelado em teologia na Faculdade Católica de Fortaleza. Atividade para a matéria Introdução à Sagrada Escritura (Profa. Aíla Pinheiro, nj).
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