sábado, 14 de maio de 2011

A autoridade da Palavra na missão profética de Elias: análise narrativa de 1 RS 17,1-24

Rita Gomes,NJ*

1 Localização do texto no Livro dos Reis

Os livros dos Reis, grosso modo, relatam os atos e fatos ocorridos com os reis do Israel unido e posteriormente dividido, Israel (Reino do Norte) e Judá (Reino do Sul). O Ciclo de Elias e Eliseu é inserido no meio sem prévio aviso. A inserção da tradição de Elias e Eliseu é facilmente identificável e se a retiramos, a leitura das façanhas reais segue tranquilamente.

De Elias sabe-se apenas o revelado por suas palavras e ações no texto. O narrador não oferece nenhuma informação quanto ao nascimento, crescimento e vocação profética. Contudo, Elias entra em ação como figura já conhecida. O “Ciclo de Elias e Eliseu” corresponde aos capítulos de 1Rs 17,1—19,21; 21; 2Rs 1—2.

A localização da tradição de Elias na parte referente à realeza é compreensível, pois, é feita em vista da teologia deuteronomista. Embora relate as proezas das cortes, o interesse é a palavra profética proferida contra a infidelidade dos monarcas, que perpassa toda obra. O arco narrativo da obra deuteronomista vai de Josué a 2 Reis. Em grandes linhas podemos dizer que a tese deuteronomista é a seguinte: Israel chega à terra da promessa, toma posse e por causa de sua infidelidade, perde-a e é exilado.

Os profetas foram aqueles que durante todo o período da realeza alertaram, denunciaram, convocaram a fidelidade para com o Senhor. Entre muitos outros, estava Elias. Este não fazia parte dos chamados, profetas escritores, mas é de suma importância na história bíblica. É com base, nesse horizonte de fundo que nos aproximaremos do Ciclo de Elias e mais particularmente de 1 Rs 17.

2 Delimitação do texto

1.1 Limite anterior – nossa perícope de trabalho (1Rs 17,1-24) é precedida pelo anúncio da subida de Acab, filho de Amri, ao trono do Reino do Norte. Este teve um reinado longo, vinte e dois anos e, segundo o juízo de valor expresso pelo autor deuteronomista, “irritou o Senhor mais que todos os outros que o precederam” (1Rs 16,33). A atuação profética de Elias é basicamente em contraposição a esse rei. Por isso, o corte e a inserção do Ciclo de Elias e Eliseu, exatamente nesse lugar. Há uma lógica no trabalho do material existente e que é retomado pelo Dtr.

1.2 Limite posterior – o texto analisado aqui abre uma seqüência narrativa sobre o tema da seca que se estende de 1Rs 17,1 “com o anúncio” a 1Rs 18,46 “com o fim da seca”. Aqui trabalharemos apenas o capítulo 17 de 1 Rs.

3 Análise narrativa [1]

Nosso texto, pelo dito acima, é um composto de narrativas episódicas, unificado pelo movimento da palavra, seja do profeta, seja do Senhor. A unidade interna é delimitada pelos versículos 1 e 24 e entre eles os episódios se ligam seja pela figura de Elias, seja pela temática do alimento: Elias em Karit (v. 2-7); Elias em Sarepta (v. 8-16) e o filho da viúva (v. 17-23). Visualizemos o texto segundo o esquema narrativo abaixo:

Exposição: v. 1: Elias anuncia a Acab o período de seca;
Ação: v. 2-7:O Senhor envia Elias a Karit
Clímax: v. 8-16: O Senhor envia Elias a Sarepta
Desfecho: v. 17-24: A volta à vida do filho da viúva

A apresentação do capítulo é esquemática e os traços do deuteronomista aparecem claramente nos pares de versículos: 4.6; 14.16, onde encontramos o esquema “promessa” – “cumprimento”. A divisão também é facilmente identificável porque se repetem frases introdutórias ou conectivos tipicamente redacionais, como “Veio-lhe a palavra do Senhor, dizendo” (v. 2); “Então, lhe veio o palavra do Senhor, dizendo” (v. 8) e de modo diverso o v. 17 se inicia com “Depois disto”.

3.1 Exposição:
1Elias, o tishbita, habitante de Guilead, disse a Acab: Certo como vive o Senhor, o Deus de Israel, a quem sirvo: não haverá nestes anos nem orvalho nem chuva, a não ser se a minha palavra o ordenar.
O horizonte de fundo dessa narrativa é o culto baalista, do qual se contaminou o rei Acab devido a sua união com Jezabel. Para Acab o senhor da natureza, portanto da chuva, era baal. Elias anuncia que é Yhwh o senhor da natureza. Contudo, o profeta, mesmo falando em nome de Yhwh, condiciona o retorno da chuva a uma palavra sua. Para Acab Elias está entrando num espaço que não lhe pertence. Esse era o campo de Baal.
A questão da autoridade aparece de modo claro: tanto a autoridade do profeta, enquanto portavoz de Iahweh, como a do próprio Deus em relação à criação. Será verdadeira a palavra do profeta?

No versículo se expõe o anúncio da seca e embora passe em silêncio as necessidades, a fome e a sede, esse é o cenário que se vislumbra com as palavras proferidas por Elias. A penúria em todos os âmbitos é a conseqüência natural da seca. O profeta também será atingido por ela, como ele se sairá? A seqüência da narrativa nos leva a outro espaço e tempo em que a ação vai responder as questões suscitadas inicialmente. Vejamos a outra cena.

3.2 Ação:
2A palavra do Senhor veio a Elias: 3Vai-te daqui: dirige-te para o oriente e esconde-te na torrente de Karit, a leste do Jordão. 4Assim poderás beber da torrente, e eu ordenei aos corvos que te alimentem. 5Ele partiu, e agiu conforme a palavra do Senhor; foi morar na torrente de Karit, a leste do Jordão. 6Os corvos lhe traziam pão e carne de manhã, pão e carne à tarde; e ele bebia na torrente. 7Ao fim de certo tempo, a torrente secou, porque não mais chovera na região.

O movimento da ação como um todo revela a obediência do profeta à palavra do Senhor que lhe vêm. Após o anúncio da estiagem feito a Acab, o Senhor envia o profeta à torrente de Karit, a leste do Jordão. Por que esse lugar determinado? Por que é importante situar ao leste do Jordão? A localização da fonte diz muito. Esta fica em Israel, mas como estavam seguindo Baal não percebiam. Cometiam o erro denunciado por Jeremias, trocavam a fonte de água viva por cisternas rachadas (Jr 2,13).

O versículo 4 diz claramente que Elias poderá beber da torrente. Estaria o profeta escondido? De modo que necessitasse ficar próximo a uma torrente e não ter que arriscar a vida atrás de suprimentos?

Diz-nos o v. 5 que ele partiu e agiu conforme a palavra do Senhor. Mas a narrativa passa em silêncio total o que fez o profeta nesse período. Informa-nos apenas que “conforme a palavra do Senhor”, ele bebeu da corrente e foi alimentado por corvos, que levavam pão e carne pela manhã e tarde.
A preocupação do narrador com a comida, a falta e o suprimento desta, aponta para o extraordinário alimento dado ao profeta. A este o Senhor alimenta e sacia segundo sua palavra (v. 4-6).

Há manuscritos que trocando a vocalização do termo hebraico[2] lêem “árabes” em vez de corvos. Este tipo de recurso livra o profeta de comer um alimento impuro e coloca esse texto dentro de uma corrente que lê a providência divina em favor de Israel via estrangeiros[3].

Também a providência do alimento e da água faz alusão ao maná mandado por Deus no deserto e água da rocha e dessalinizada (Ex 16,1ss; Nm 11; Ex 15,22-27; 17; Nm 20,1-13 ). Elias é de certo modo equiparado com Moisés[4]. Sua experiência e de fidelidade a Deus são parecidas, embora narradas de modo muito diverso. Seja como for, importa ao narrador mostrar que a providência do alimento é em última instância devida a Yhwh somente.

Fecha-se esse primeiro episódio com a informação de que a torrente secou. Não sabemos o tempo exato, mas podemos inferir que significa a nível redacional um período suficientemente longo para fazer uma torrente secar. Esse fato dá azo para que a cena tenha continuidade.

3.3 Clímax:
8Veio-lhe então a palavra do Senhor: 9Levanta-te, vai para Sarepta, que pertence a Sídon, e ali habitarás; ordenei a uma viúva daquele lugar que te sustente. 10Ele se levantou, partiu para Sarepta e alcançou a entrada da cidade. Havia lá uma mulher, uma viúva, que apanhava lenha. Chamou-a e disse: Por favor, vai buscar-me um pouco d’água num cântaro, para que eu beba! 11Ela foi buscá-la. Ele chamou-a e disse: Traze também, pois, um pedaço de pão em tua mão! 12Ela respondeu: Certo como vive o Senhor, teu Deus! Não tenho nada preparado, tenho apenas um punhado de farinha na vasilha e um pouco de óleo na jarra; quando apanhar alguns pedaços de lenha, voltarei à casa e prepararei esses alimentos para mim e o meu filho; comeremos e depois morreremos. 13Elias lhe disse: Não temas! Volta e faze o que disseste; somente faze antes para mim, com o que tens, um pequeno bolo e traze-o; em seguida prepararás o alimento para ti e o teu filho. 14Pois assim fala o Senhor, o Deus de Israel: A vasilha de farinha não se esvaziará, a jarra de óleo não se esgotará, até o dia em que o Senhor fizer chover sobre a superfície do solo. 15Ela foi embora e fez como Elias havia dito; comeram ela, ele e sua família durante dias. 16A vasilha de farinha não se esvaziou e a jarra de óleo não se esgotou, segundo a palavra do Senhor anunciada por intermédio de Elias.
Novamente a palavra do Senhor vem ao encontro do profeta e o envia a outro lugar. Agora a Sarepta em Sídon. Tecnicamente este seria o mundo de Baal, onde reinava impávido e sereno. Isto revela que Yhwh é Senhor de tudo. E mais uma vez, Elias sem expressar a menor resistência ou dúvida obedece e vai.

Segundo a narrativa o Senhor ordenara a uma viúva que o sustentasse. Estranha informação! As viúvas, juntamente com os órfãos e os estrangeiros, eram responsabilidade dos reis e de quem pudesse socorrê-los. Era, sobretudo para com essas pessoas que o rei devia expressar o direito, praticar a justiça, segundo a Lei. Nessa perícope é uma viúva que vai sustentar o profeta, mediante uma ordem do Senhor.

Nessa cena reúnem-se sob a proteção de Yhwh as três categorias representadas: o estrangeiro Elias, a viúva e o órfão. Elias aparece como o estrangeiro, já que está fora de Israel. Mas, quanto à fé a viúva é a estrangeira, pois certamente adorava ao deus do lugar. Ao pedido de Elias ela responde: certo como vive o Senhor teu Deus... Na concepção da viúva Yhwh é deus, mas não o seu deus.

O que se passa entre o profeta e a viúva à porta da cidade é interessante. Elias pede água para beber. Ele pede aquilo que falta (v. 10). Isto serve para mostrar que a quem é fiel nada falta porque Deus não deixa faltar. E o surpreendente acontece, a viúva faz o que lhe dissera o profeta. Yhwh tem poder em Israel e fora dele.

3.4 Desfecho:
17Eis o que sucedeu após estes acontecimentos: o filho daquela mulher, dona da casa, adoeceu. Sua moléstia foi tão violenta que já nem sequer respirava. 18A mulher disse a Elias: Que há entre mim e ti, homem de Deus? Vieste à minha casa para lembrar-me o meu pecado e fazer meu filho morrer. 19Respondeu-lhe ele: Dá-me teu filho! Tomou-o dos braços da mulher, levou-o para o quarto de cima, onde morava, e deitou-o em sua cama. 20Depois invocou o Senhor, dizendo: Senhor, meu Deus, quereis afligir até essa viúva, para cuja casa vim como migrante, a ponto de matar-lhe o filho? 21Elias estendeu-se três vezes sobre o menino e invocou o Senhor, dizendo: Senhor, meu Deus, que a respiração deste menino volte a ele! 22O Senhor ouviu a voz de Elias, e a respiração do menino lhe voltou, e ele viveu. 23Elias tomou o menino, desceu com ele do quarto de cima e deu-o à sua mãe. Elias disse: Olha! Teu filho está vivo. 24A mulher disse a Elias: Sim, agora sei que és um homem de Deus e que a palavra do Senhor está verdadeiramente em tua boca.
O tema da vida e da morte se coloca. Quem afinal é o senhor da vida: Baal ou Yhwh? A terceira cena nos coloca diante de duas posturas distintas frente à fé javista. Tanto o profeta Elias quanto a viúva são confrontados com seu modo de vivenciar a fé e a verdadeira fé.

A viúva ao colocar a responsabilidade da doença e morte do filho na presença de Elias em sua casa revela sua compreensão de fé, fundamentada na retribuição. A presença do profeta atrai o olhar de Deus para seu pecado e consequentemente, o castigo.

Diante de tal fato, Elias que até então demonstra sua total confiança e adesão incondicional ao Senhor, coloca-se diante de Deus de modo queixoso. Ele não compreende como o Senhor possa tratar assim quem só lhe fez bem, quem o socorreu. Elias também está baseado na retribuição. Ambos são confrontados com a realidade da fé: a gratuidade do Deus da vida. O Senhor é Deus, por isso, o único que tem realmente poder sobre a vida e a morte e que não se deixa encerrar nas concepções humanas estreitas.

A ação transformadora pode ser detectada nos seguintes pontos: Início: morte, fome, miséria; o rei que não segue a Yhwh inteiramente, que não pratica o direito, não reconhece o Deus da vida. Não podemos esquecer que o rei é o “lugar-tenente” de Yhwh, tem a obrigação de ser fiel, de lhe obedecer e revela-se um incrédulo. Fim: vida, ressurreição do menino, abundância de comida, renovação da fé do profeta, profissão de fé da viúva estrangeira.

4 Personagens
Nessa exposição apresentam-se ao leitor dois personagens principais: Elias e a viúva de Sarepta; uma vez que o rei Acab é apenas citado, constituindo assim um personagem secundário a exemplo do filho da viúva.

Nada é revelado de Acab nessa perícope, é como se ele não estivesse presente na cena, ouvindo o oráculo vaticinado pelo profeta. Ele fora apresentado pouco antes, fora do ciclo de Elias, como um rei injusto, o pior até então. No entanto, nesse momento não dialoga com o profeta, não entra em conflito. Poderíamos nos perguntar se o narrador realmente pensava num diálogo entre os dois frente a frente? É provável que não. Interessa ao narrador a palavra proferida pelo profeta e as conseqüências dessa palavra.

Elias é o profeta do Senhor e se revela como tal; faz já no início sua profissão de fé Naquele em nome de quem fala. A personalidade do profeta será conhecida ao longo de sua atividade profética. Nossa análise como um todo gira ao redor da pessoa e da ação de Elias. Ele é fiel à Yhwh, um verdadeiro ouvinte que prontamente faz o que Iahweh lhe ordena. É extremamente dócil à voz divina. Revela uma confiança tal na providência divina que não ousa questionar “o como” se encaminharão as coisas, simplesmente obedece.

Um único momento revela não a dúvida, mas a incompreensão de Elias frente aos acontecimentos. Elias é levado a dar um novo passo em sua fé. É conduzido ao conhecimento de Deus que não é circunscrito em seu modelo retributivo.

A viúva tem muito a nos revelar. Não se diz seu nome, não importa. Sua ação é que importa. É uma estrangeira que obedece primeiramente à palavra de Elias sem questionar. Obedece a uma ordem de Yhwh mesmo sem ser javista e depois num crescendo narrativo, vemos fazer sua profissão de fé.

5 Focalização e Temporalidade

Quanto à focalização nossa perícope demarca-se como segue:
Focalização zero: v. 1-4.7-9.16-17.
Focalização externa: v. 5-6.10-15.18-24.
Quanto à temporalidade, o tempo narrado não é demarcado na narrativa da perícope trabalhada. Sabe-se pelo contexto, o tempo do rei Acab, que se refere ao século oitavo antes da era cristã. Informam-nos ainda outros testemunhos escriturísticos da existência de um longo tempo de seca nesse período. É o caso de 1Rs 18,1 que fala de uma duração de três anos. O testemunho neotestamentário de Lucas vai falar de dois anos.

O tempo da narração é percebido na narrativa pela atenção maior, dada pelo narrador à cena de Elias com a viúva em Sarepta. Isso indica o que nessa seqüência narrativa episódica era o mais importante. O auge da mensagem que o narrador queria veicular com seu texto.

Encontramos nessa perícope um caso de elipse na cena do profeta em Karit. A palavra dirigida ao profeta envia-o a torrente, mas nada é dito da viagem, ele aparece já em Karit, sendo alimentado por corvos e bebendo da torrente.

6 Contexto ou “quadro”

O contexto que molda a tessitura da narrativa é factual, seja na “intriga unificadora” seja na “intriga episódica”. Analisamos aqui a intriga episódica do cap. 17 com três cenas intimamente ligadas.

A moldura que está subjacente a essas cenas é a questão da realeza e as políticas de alianças e intimamente ligado a estas o aspecto religioso com a introdução do culto baalista em meio javista. É desse horizonte que podemos apreender a densidade da profecia no javismo do profeta e em última instância do narrador.

As cenas se seguem e mostram um crescendo na exposição da fé javista, tanto pelo próprio profeta como pela viúva de Sarepta.

7 Ponto de vista do narrador

O narrador apresenta um ponto de vista muito positivo dos dois personagens apresentados: Elias e a viúva. Sua visão do rei é negativa, mas só é percebida à luz da trama maior que envolve a seqüência narrativa tratada.

8 Teologia e hermenêutica do texto

A mensagem teológica dessas narrativas episódicas segue o movimento da Palavra. Primeiro vemos o profeta que fala ao rei, mas seu anúncio do início da seca e do fim desta está condicionado à sua palavra. No v. 24 encerrando a série de episódios encontramos o reconhecimento da verdade da palavra do profeta por meio da viúva estrangeira. É também a Palavra de Yhwh que conduz o profeta em seu caminho.

Vários pormenores se encontram em jogo. Elias fala ao rei de Israel de quem se esperava a fidelidade a Deus, a escuta de Sua Palavra e a prática da justiça. Ele devia assegurar a pureza religiosa no culto a Yhwh. Isso implicaria o rei no afastamento das práticas cultuais baalistas pelas quais estava contaminado. Esse reconhecimento vem da parte de uma estrangeira de quem não se esperava.

Contudo, a principal mensagem que a Palavra de Yhwh põe em evidência é a de revelar quem realmente é Deus, quem é o Senhor da vida e de todos os lugares. É Yhwh quem tem poder sobre a vida e a morte; quem pode dar o que falta e sustentar o povo em tempo de penúria e não Baal.

Hoje em nossas igrejas e também fora delas, o espaço concedido aos “baals” tem crescido a cada dia. Essa narrativa de Elias chamado, enviado, sustentado e provado na purificação de sua fé chega a nós como um convite a buscarmos o verdadeiro Deus e refletirmos se não estamos vivendo na infidelidade, seguindo a Baal e não ao Deus da vida.

Notas
* É membro do Instituto Religioso Nova Jerusalém. Possui graduação em filosofia pelo Instituto Teológico e Pastoral do Ceará – ITEP, atualmente Faculdade Católica de Fortaleza e graduação e mestrado em teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia – FAJE.
[1] O texto bíblico usado como fonte da análise é retirado da Tradução Ecumênica da Bíblia.
[2] bre[o
[3] The Soncino Talmud (Software © Judaica Press, 1990 Soncino Press, Ltd; is a product of Judaica Press, Inc. Brooklyn, NY).
[4] Frank CRÜSEMANN. “Elias e o surgimento do monoteísmo no Antigo Israel”. Fragmentos de Cultura, v. 11, 2001, p. 779.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

TRADUÇÃO ECUMÊNICA DA BÍBLIA: Texto do Ciclo de Elias

BÍBLIA DE JERUSALÉM: Texto do Ciclo de Elias

MARGERAT, Daniel – BOURQUIN, Yvan. La Bible se raconte: initiation à l'analyse narrative. Paris – Genève - Montréal: Cerf – Labor et Fides – Novalis, 1998.

ÁLVAREZ BARREDO, Miguel. “Las narraciones sobre Elías y Eliseo en los libros de los reyes. Formación y teología”. Carthaginensia XII (1996), p. 1-123.

SELLIN, Ernest; FOHRER, G. Introdução ao Antigo Testamento. São Paulo: Paulinas, 1978, p. 320-336.

MINETTE DE TILLESSE, Gäetan. “Martin Noth e o Deuteronomista”. Revista Bíblica Brasileira, v. 10 n. 1-2, 1996.

The Soncino Talmud (Software © Judaica Press, 1990 Soncino Press, Ltd; is a product of Judaica Press, Inc. Brooklyn, NY).

CRÜSEMANN, Frank. “Elias e o surgimento do monoteísmo no Antigo Israel”. Fragmentos de Cultura, v. 11, 2001, p. 779-790.

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